“A infraestrutura está na ordem do dia”, afirma general Mourão, em evento da Brasinfra

Em evento produzido conjuntamente pela Brasinfra e pelo Sinicon, o vice-presidente da República, general Mourão, participou de encontro virtual que reuniu representantes e executivos do setor da infraestrutura nacional. Durante a “live”, ocorrida no dia 27 de outubro, em comemoração ao Dia do Engenheiro Civil e da Construção, Mourão abordou vários temas relacionados com obras de infraestrutura. Segundo Mourão, a infraestrutura é um vetor para aumento da produtividade do País. Precisamos alavancar os investimentos dando o espaço merecido que a engenharia nacional precisa. “O Brasil tem uma tradição em grandes obras, tem uma tradição em engenharia e isso é um bem que precisa ser preservado”, afirmou. 

 Para o vice-presidente da República, o País vem se preparando para dar o seu salto à frente. O Brasil, ao longo dos últimos 40 anos, permaneceu estagnado. O Governo busca junto ao Congresso Nacional a solução para as duas grandes vertentes que devem ser desobstruídas para que o País avance. Uma é a busca do equilíbrio fiscal e a outra o avanço na agenda da produtividade das grandes reformas, como a Tributária e a Administrativa, além da abertura comercial do País. 

O Brasil entende perfeitamente quais são os seus problemas, e há espaço para o crescimento, com a possibilidade de atração dos investidores internacionais. A grande mensagem, hoje, do Brasil para o mundo, é que somos um país com condições de progredir e atingir o patamar de potência agroambiental, com indústria forte e infraestrutura que permitam o escoamento das riquezas e a circulação de pessoas. Somos um estado que tem todo um campo aberto para progredir.

Atração de investimentos

Mourão diz que nossa capacidade de engenharia se traduz em milhares de obras espalhadas pelo País. Pontes, rodovias, hidrelétricas são exemplos desse potencial. Temos uma história em nossa engenharia. Segundo ele, nós temos que resgatar efetivamente nossas grandes empresas. Elas cometeram erros, devem pagar por eles e seguir em frente. Não podemos perder essa expertise.

O general acredita que a infraestrutura hoje é um dos pilares fundamentais para melhorarmos o custo Brasil. Há muito a avançar ainda nos setores de ferrovias, portos, aeroportos, cabotagem e infraestrutura para os setores de óleo e gás. As ações devem ocorrer por meio do Programa de Parceria de Investimentos- PPI, com a efetiva segurança jurídica para que os contratos sejam bons e respeitados.

Para Mourão, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, tem feito um esforço extraordinário, e hoje, mais do que nunca, nós precisamos do setor privado para avançar na infraestrutura nacional. “A infraestrutura está na ordem do dia e é fundamental para os avanços que o Brasil necessita”, avalia Mourão.

Para ele, diversos investidores internacionais estão prontos para vir ao nosso país a aportar recursos. O Governo tem que se apresentar como um facilitador, um indutor de investimentos e não como um atrapalhador. O Estado tem que fazer o casamento entre o capital privado e as necessidades da população, de modo que o capital privado realize aquilo que o Estado não tem os fundos necessários para fazer, gerando emprego e renda.

Mourão lembra que o País tem ainda 100 milhões de famílias que ainda não têm coleta e tratamento de esgoto. Isso é “obra para dar e vender” e que vai empregar bastante gente. “Os gestores públicos, em todos os níveis de governo, precisam entender que eles têm que criar a facilidade para avançar nessa questão”, alerta Mourão.

Desenvolvimento na Amazônia

Em seu pronunciamento, o general Mourão afirmou que a Amazônia ainda carece de integração com as demais regiões brasileiras. A área de projetos na Amazônia tem que contemplar o potencial das hidrovias da região, com a capacidade de utilização dos canais de navegação como modal de transporte.

Pequenos portos em cidades amazônicas também se revelam como fatores importantes para o progresso da região. A maioria dos pontos de acesso são barrancos, sem uma estruturação adequada para o ingresso de pessoas e mercadorias. Outro fator importante para a região, segundo Mourão, são os investimentos em geração de energia fotovoltaica e eólica. O desenvolvimento com sustentabilidade é uma questão do século XXI, e hoje não há como colocar em pauta projetos de desenvolvimento que sejam predatórios, afirmou o vice-presidente da República. Para o presidente da Brasinfra, Emir Cadar Filho, que foi um dos condutores do debate, o setor da construção pesada passou por profundas transformações, virou a página, e tem plena consciência da sua responsabilidade como agente da retomada econômica, geração de emprego e renda. Nesse sentido, segundo Emir Cadar, as ideias e propostas colocadas pelo General Mourão vem ao encontro da retomada da agenda da infraestrutura brasileira.