Entre os dias 23 e 25 de setembro, o Distrito Anhembi, na zona norte de São Paulo recebeu a oitava edição da Paving Expo 2025, o maior evento nacional voltado à pavimentação, infraestrutura viária, rodoviária e construção. A feira atraiu mais de 20 mil profissionais de todo o país, reunindo engenheiros, gestores públicos, consultores, técnicos e tomadores de decisão em busca de inovação, conteúdo técnico e oportunidades de negócios.
Com mais de 300 marcas expositoras, o evento apresentou os principais fabricantes e fornecedores de equipamentos, tecnologias e soluções para obras públicas e privadas. Máquinas pesadas, usinas de asfalto e concreto, tecnologias para drenagem, sinalização e segurança viária, softwares de monitoramento e sistemas com inteligência artificial foram os destaques.
A Paving aposta na sustentabilidade e inovação como pilares centrais. Foram apresentadas soluções alinhadas às práticas ESG (Ambiental, Social e Governança), com foco na redução do impacto ambiental, desenvolvimento local e melhoria da gestão pública e corporativa.
A solenidade de abertura reuniu, no dia 23 de setembro, autoridades e representantes do setor da infraestrutura rodoviária nacional. A BRASINFRA foi representada pelo presidente José Alberto Pereira Ribeiro e pelo diretor administrativo Carlos Laurito.

O presidente da BRASINFRA afirmou que o setor nunca teve um momento tão auspicioso, mas que ao mesmo tempo traz um problema: a falta de mão de obra e qualificação de profissionais.
Outro ponto, destacado por José Alberto, é que, mesmo após quatro anos de promulgação da lei 14.133, sobre licitações e contratos há uma guerra de preços, resultando na aprovação de editais com preços inexequíveis. Antes, segundo Ribeiro, havia pré-qualificação de obras, com aval do Tribunal de Contas da União.
“Nós temos que voltar a fazer engenharia de custo. Você pode ter um desconto de 3%, 5%, que já é um preço inexequível. Então nós temos que voltar a fazer isso. Nós não podemos conviver com o preço desequilibrado. Nós, construtores, prestadores de serviços de engenharia, somos as ferramentas de execução de planos de governo. Se não houver essas empresas, os planos governamentais serão apenas papeis”, salientou Ribeiro.
Em seu pronunciamento, o vice-presidente da BRASINFRA e atual presidente o SINICESP, Sérgio Senhorini, afirmou que o evento representa um marco significativo para o setor da construção, reunindo profissionais, empresários e especialistas para discutir inovações, desafios e oportunidades que estão moldando o da infraestrutura e da construção pesada. Segundo ele, o setor está em constante evolução, impulsionado por novas tecnologias, equipamentos, materiais e práticas sustentáveis., e nesse contexto, a Paving Expo não é apenas um espaço para troca de experiências e conhecimento, mas também uma plataforma de inovação onde soluções eficazes para os desafios e oportunidades que estão moldando os setores da infraestrutura e da construção pesada.

“Esse é um excelente momento para estreitarmos laços, aprendermos com as melhores práticas e, principalmente, consolidarmos nossa força como um setor fundamental para o desenvolvimento econômico e social do nosso país. A indústria da construção pesada não só está presente nas grandes obras de infraestrutura, mas também é responsável por inúmeros empregos e por impactar diretamente a vida das pessoas”, afirmou Senhorini.
Sobre a questão da retenção e qualificação da mão de obra, o presidente do DER, Sérgio Codelo afirmou que dentro do DER também há a preocupação com a formação de trazer os engenheiros para a parte rodoviária. “Perdemos os engenheiros para a bolsa de valores, para o mercado financeiro. A gente tem que iniciar esse resgate dentro dos estágios. Estamos perdendo já dentro da faculdade, eles já estão indo para B3, para outros bancos. Tem que iniciar no estágio, oferecer bons salários para que a gente mantenha e fixe os engenheiros na parte rodoviária, dentro da infraestrutura”.
Paralelamente à feira, foi realizado o Paving Conference, congresso técnico que reuniu mais de 4 mil congressistas em seis salas simultâneas, com mais de 200 horas de palestras, painéis e debates com especialistas nacionais e internacionais.
As atividades foram organizadas em sete Rotas de Conhecimento, que facilitam a jornada dos participantes e abordam os temas mais estratégicos do setor: Pavimentos Flexíveis, Pavimentos de Concreto, Geotecnia, Sinalização e Segurança Viária, Máquinas e Equipamentos, Inovação e Tecnologia, e ESG em Infraestrutura.