Para o ministro dos transportes, não há investimento privado se não houver também o investimento público

Em encontro promovido pela Fiesp, o ministro dos Transportes, Renan Filho, defendeu os investimentos públicos no setor e as diretrizes para as obras incluídas no Novo PAC. Para o ministro, 96% da malha federal coberta por contratos de manutenção, mas sem recursos, um cenário agravado pelas chuvas intensas do 1º trimestre e o pico de escoamento da safra de grãos.

Renan Filho o defendeu a importância dos recursos públicos na infraestrutura. “Não há investimento privado quando não há o público”, afirmou Renan Filho, ao destacar que, mesmo com concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs), o setor privado não conseguiu suprir as lacunas existentes

O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, abriu o encontro enfatizando que sem infraestrutura não há indústria competitiva. Ele lembrou que os investimentos em relação ao PIB caíram ao longo dos últimos anos e sua recuperação, na próxima década, exige quase o triplo do que se investe

Em relação ao novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ministro afirmou que serão destinados R$ 280 bilhões em investimentos para rodovias e ferrovias. Desse total, R$ 94,2 bilhões irão para ferrovias (R$ 6 bilhões do setor público e R$ 88,2 bilhões do privado) e R$ 185,8 bilhões em rodovias (R$ 73 bilhões públicos e R$ 112,8 bilhões privados).

O ministro elogiou a decisão do Supremo Tribunal Federal em permitir a continuidade dos estudos para a construção da Ferrogrão, ferrovia de 933 quilômetros que ligará Sinop (MT) a Miritituba (PA), considerado um importante corredor para escoar a produção do Centro-Oeste. A Brasinfra foi representada no evento pelo diretor administrativo e financeiro, Carlos Laurito.

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